sexta-feira, março 28, 2008

Quando a mente não controla...

É por momentos destes que a música desde muito cedo começou a fazer parte da minha vida, a fazer parte de mim...li em tempos atrás alguém que dizia que "a música não é para se entender, nem é preciso...mas sim a música é para sentir...sente-se, independentemente da origem e/ou da língua; isto é facilmente explicado ao ver japoneses ou holandeses a adorarem a fadista Mariza, por exemplo; é transcendental...por vezes a mente não controla..."

Portishead - 27 Março Coliseu de Lisboa
Brilhante! Turbilhão de sensações que tive esta noite ...dezenas de arrepios...não se controla...é isto que se procura...arrepiar por nada...é isto que a música oferece...

Uma miscelânea de clássicos (9) e de novos temas (8)...mais rudes, experimentais e crus; Apesar de ser o 2º concerto da digressão (após ausência de 10 anos), a máquina
P já denotou bastante andamento...claro está...palavra especial para a grande Senhora Beth Gibbons...irrepreensível...os anos não passaram por ela...a voz seguríssima, cristalina, sofrida, cavernosa...tudo a que nos habituou!
Além de todos os hinos P, o êxtase total (arrepiado do começo ao final da música...nem eu entendi muito bem, visto não ser das tais preferidas e emblemáticas...) foi mesmo na estreante Threads...
O concerto termina com Beth junto à 1ª fila a desdobrar-se em apertos de mão e beijinhos, retribuindo todo o carinho manifestado desde o 1º segundo pelo civilizado público "lisboeta".

Alinhamento
Silence
Hunter
Mysterons
The Rip
Glory Box
Numb
Magic Doors
Wandering Star
Machine Gun
Over
Sour Times
Only You
Nylon Smile
Cowboys

Encore
Threads
Roads
We Carry On



Ontem foi assim...

Roads


Threads

Machine Gun


4 comentários:

carLa disse...

Ao ver e escutar os vídeos... senti tanta pena em também não ter estado presente ontem... realmente, a sua voz continua tão límpida como sempre foi.. e os músicos... soberbos!

bjs

Leonor Martins disse...

Faltei, porque fui comprar os bilhetes no dia em que esgotou...e ver os vídeos ainda me deixa mais triste...nem o facto de ser "vizinha" da Ticketline, me valeu :( ...pelo menos, aprendi a lição, e agora, antes de esgotar já tenho os bilhetes na mão!

Somos privilegiados por termos essa capacidade de sentir a música...e nos permitirmos a isso...porque experienciar o turbilhão de emoções que provoca, é das coisas mais bonitas...mesmo quando são estados emocionais menos posítivos. A mim faz-me sentir viva...

Nuno 'Azelpds' Almeida disse...

A Threads foi dos momentos mais arrepiantes da noite. também adorei a Wandering Star, fora todo o concerto em si claro.

Uma noite memorável, impossível de descrever sem estarmos lá, que ainda estou a absorver. Como me disseram, eu depois do concerto parecia que andava lá meio perdido, e acho que é uma boa maneira de descrever como fiquei depois do concerto. ;)

Corduroy disse...

Épa que inveja!!! E pela tua descrição do concerto... ainda com mais inveja fico.
Aquele abraço.